O cálculo renal, popularmente conhecido como pedra nos rins, é uma condição clínica caracterizada pela formação de cristais no trato urinário, podendo acometer não somente os rins, como também os ureteres, a uretra e a bexiga. Tais cristais se desenvolvem em decorrência do acúmulo de substâncias como ácido úrico e cálcio no organismo ou, simplesmente, devido à redução de citrato.
Os cristais são pequenos e sólidos. Ao se movimentarem, tendem a gerar dor intensa que se irradia das costas para a virilha. Além desse incômodo sintoma, outros sinais do problema são desejo persistente de urinar, sangue no xixi, náuseas, vômitos, ardor ao urinar, suor e calafrios.
A calculose renal é um assunto cercado de mitos e informações distorcidas que são repassadas de geração a geração. Infelizmente, algumas crenças equivocadas podem, até mesmo, retardar o diagnóstico e atrapalhar o tratamento. Pensando nisso, preparamos um texto esclarecedor para desmitificar algumas questões. Confira a seguir mitos e verdades sobre o tema.
1. Homens têm mais chances de desenvolver cálculo renal
Verdade. De acordo com o Ministério de Saúde, ao longo da vida, cerca de 12% dos homens terão cálculo renal. Em contrapartida, somente 6% das mulheres apresentarão o problema.
2. O consumo de tomates com sementes pode causar pedras nos rins
Mito. As chances de cálculos renais se desenvolverem não aumentam com o consumo de sementes de tomate ou caroços de outras frutas quaisquer. Não há nenhuma relação comprovada entre o pedra nos rins com a ingestão desses alimentos.
3. Churrasco eleva o risco de calculose renal
Verdade. As proteínas animais, especialmente as muito salgadas, podem aumentar significativamente a quantidade de sódio no organismo. Sabe-se que as dietas ricas em sódio aumentam a excreção de sais, como o oxalato, e cálcio por via urinária. Isso consequentemente favorece o desenvolvimento das pedras.
4. Frutos do mar podem contribuir para quadros de litíase renal
Verdade. Pelos mesmos motivos do churrasco, alimentos ricos em sódio, como lula, camarão, lagosta e caranguejo, se consumidos em excesso, podem provocar a formação de cálculos.
5. Os cálculos renais são mais frequentes no calor
Verdade. No verão, a ocorrência de calculose renal é mais comum. Em períodos de calor, as pessoas costumam ficar mais desidratadas, em decorrência do aumento da transpiração. Isso faz com que o rim tenha menos líquido para filtrar, o que torna a urina mais concentrada e propensa à formação das pedras.
6. Beber pouca água é um fator de risco
Verdade. Quem ingere pouca água está mais sujeito ao desenvolvimento da condição. Isso acontece porque a urina é responsável por eliminar cristais sólidos, toxinas e minerais. Quando bebemos pouco líquido, a urina fica mais concentrada, e as chances de os cristais se formarem acabam aumentando. Para diminuir os riscos, vale a pena tomar, no mínimo, 2 litros de água por dia.
7. As pedras nos rins acontecem exclusivamente com adultos
Mito. Embora a incidência de pedras nos rins seja maior em pessoas entre 20 e 50 anos de idade, elas também podem aparecer na infância. As principais causas de litíase renal em crianças são doenças subjacentes, como acidose tubular renal, cistinúria e hiperoxalúria.
8. Consumo de ácido cítrico auxilia na prevenção de cálculos renais
Verdade. Consumir frutas cítricas, como laranja e limão, principalmente sucos naturais, é uma estratégia coadjuvante na prevenção de pedras nos rins. Essas frutas são ricas em ácido cítrico, substância que é eliminada na urina em forma de citrato. Essa eliminação evita o surgimento do cálculo renal. Apesar disso, os excessos devem ser evitados, pois o exagero no consumo de frutas ricas em vitamina C pode produzir oxalato de cálcio ao serem metabolizadas pelo fígado, elevando, assim, os riscos de pedras nos rins.
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